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Missão

Classisficação dos países por perseguição

A Coréia do Norte ocupa o primeiro lugar na Classificação de países por perseguição pela sétima vez consecutiva. Os cristãos são perseguidos constantemente sob o governo comunista. O reino muçulmano wahhabi da Arábia Saudita mantém o segundo lugar estável, e, na escala da perseguição, ocupa a mesma colocação que um país que também é regido pela lei sharia: o Irã.

O islã também é a religião oficial no Afeganistão, Somália e nas Maldivas, países que ocupam a quarta, quinta e sexta posição respectivamente. O Afeganistão subiu na lista este ano, como resultado do aumento da pressão por parte do Talibã em 2008. O Iêmen ocupa a sétima posição e o Laos permanece como o oitavo colocado da lista, mas em ambos os países não houve mudanças significativas relativas à liberdade religiosa.

Dois novos países aparecem entre os dez primeiros: Somália e Eritréia. Na Somália, o número de incidentes contra cristãos aumentou dramaticamente em 2008, o que explica sua subida do 12º lugar para o quinto neste ano. Na Eritréia não houve grandes mudanças na falta de liberdade religiosa para os cristãos, mas o deslocamento de outros países fez com que ela figurasse entre os dez piores. China e Butão deixaram de integrar a relação dos dez primeiros.

Em 2008, a situação da liberdade religiosa para os cristãos piorou na Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Somália, Paquistão, Iraque, Mauritânia, Argélia, Índia, Nigéria (Norte), Indonésia, Bangladesh e Cazaquistão.

No Irã ocorreram mais invasões a igrejas domésticas, e um número maior de cristãos foi preso, fazendo de 2008 um dos piores anos de perseguição aos cristãos desde a Revolução Islâmica em 1979. No Afeganistão, uma cristã ocidental que trabalhava em uma instituição humanitária foi morta porque, segundo o Talibã, estava difundindo o cristianismo no país, o que é proibido por lei. Na Somália, a Portas Abertas recebeu relatos de que pelo menos dez cristãos foram mortos por sua fé em 2008, e vários outros foram sequestrados e violentados. A pressão sobre a minoria cristã no Paquistão continuou incessante.

A minoria cristã iraquiana enfrentou um ano cheio de violência em 2008. Igrejas foram atacadas ou danificadas por bombas, cristãos receberam ameaças de morte e vários foram mortos, sofreram abusos e/ou sequestros.

Em 2008, a situação não piorou para os cristãos da Mauritânia, mas está bem pior do que se esperava. A mídia mauritana tem retratado o cristianismo como um movimento perigoso que precisa ser combatido, e os islamitas têm ameaçado os cristãos de morte.

Durante 2008, muitas igrejas na Argélia receberam ordem de fechar suas portas. Os líderes cristãos acreditam que a perseguição aumenta não por causa do aumento do poder dos islamitas, mas porque os convertidos ao cristianismo estão crescendo em número.

Durante anos, a Índia esteve perto do trigésimo lugar na Classificação da Portas Abertas. Neste ano, ela foi para a 22ª posição. O terceiro trimestre de 2008 registrou os piores índices de violência religiosa contra os cristãos na Índia. O número de incidentes como detenções, violência física, sequestros e atentados contra igrejas permaneceu alto em toda a Índia. “Mas não dá para comparar a Índia com um país como a Coréia do Norte, que oprime os cristãos e não lhes concede qualquer status legal”, disse o diretor da Portas Abertas na Índia. “O cristianismo não é [ilegal?] legalmente proibido no país.”

Ocorreram repetidos episódios de violência religiosa no norte da Nigéria no ano passado, e mais de 100 cristãos foram mortos e feridos. Os cristãos na Indonésia estão sob crescente pressão devido à islamização e à crescente polarização. A pressão sobre os convertidos aumentou também em Bangladesh – tanto na parte muçulmana como na budista. Um ex-muçulmano convertido foi morto em fevereiro passado. O governo do Cazaquistão tentou fechar locais de culto, e uma nova lei religiosa a ser revisada poderia afetar de forma negativa as atividades e locais de reunião cristãos.

A Portas Abertas registrou menos relatos de perseguição aos cristãos no Butão, China, Turcomenistão, Vietnã, Azerbaidjão, Sudão (Norte), Zanzibar, Cuba, Turquia e Colômbia.

As maiores mudanças ocorreram no Butão, incluindo a implementação de uma nova constituição que garante mais liberdade religiosa. Na China, a situação para os cristãos melhorou em 2008. Embora o governo tenha fechado igrejas, prendido e molestado fisicamente cristãos, não houve relatos de cristãos sequestrados ou mortos por causa de sua fé.

No Turcomenistão, o número de cristãos presos, sentenciados à cadeia, campo de trabalho ou hospital psiquiátrico diminuiu. Entretanto, a situação geral dos cristãos no país não teve mudanças drásticas.

Menos cristãos foram importunados no Vietnã no ano passado.

A Portas Abertas registrou menos relatos de perseguição de cristãos na Colômbia em 2008. Com isso, esse país que há muito tempo figurava entre os perseguidores do cristianismo não aparece na Classificação neste ano.

Ore pelos cristãos refugiados em diversos países
A Guerra entre os mais fracos e os mais fortes é descrita como “assimétrica”. Para compensar a inferioridade militar, os mais fracos normalmente se apoiam em Operações psicológicas pesadas (PsyOps, em inglês), que incluem o terrorismo, o uso de escudos humanos e propagandas. Essas táticas são eficazes em influenciar as democracias, principalmente quando os jornais sensacionalistas e a política são mais importantes do que o discernimento e a verdade. É muito difícil combater uma força tão imoral que usa escudos humanos, pois o custo da vitória militar dos mais fortes é considerado inaceitável.

Muitos grupos extremistas de diversos países utilizaram as operações psicológicas para iniciar e fortalecer conflitos, que sempre envolvem um grande número de baixas civis, e crises de refugiados. Entre as vítimas, inúmeros cristãos. Na verdade, os lugares onde existem cristãos serão a principal escolha para os terroristas usarem os “escudos humanos”, pois os cristãos são desprezados e considerados descartáveis. No entanto, essas mortes podem ser utilizadas como propagandas para o Ocidente cristão. Em alguns lugares, comunidades cristãs inteiras foram eliminadas.

Nesse momento, a maior quantidade de refugiados está no Iraque. Quando as tropas americanas forem embora e a guerra terminar, eles precisarão de mais ajuda do que nunca. Milhares de paquistaneses também abandonaram suas casas.

Muitas organizações têm ajudado esses países, mas é necessário que a Igreja Livre abrace a causa e obedeça a palavra, com amor por nossos irmãos, nossa própria “carne”. A Igreja tem uma responsabilidade especial de cuidar das feridas do Corpo de Cristo.

Pedidos de Oração

• Muitos cristãos estão aprisionados em zonas de guerra.Ore para que o Senhor seja sua fortaleza e libertador. Que a cada dia eles possam ser fortalecidos ao lembrarem da salvação em Cristo.

• Ore pelos cristãos refugiados. Que o Senhor supra todas as necessidades e os proteja.

• Ore para que os cristãos perseguidos recebam ajuda material. Que não lhes falte alimento ou abrigo.

Relatório analisa liberdade religiosa em 194 países
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apresentou dia 23 de Novembro, o Relatório 2010 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, que analisa a situação de 194 países entre Janeiro de 2009 e os primeiros meses deste ano.

A versão portuguesa é apresentada na Biblioteca da Igreja de S. Nicolau (Chiado), Lisboa, pelas 16h00.

A publicação, com mais de 500 páginas, registra os casos mais dramáticos no período estudado em várias nações onde a liberdade de culto é negada das maneiras mais violentas e nas quais os crentes são perseguidos, em alguns casos até à morte.

No Iraque, por exemplo, a violência anticristã não parou em 2009 e na primeira metade de 2010, com momentos de “real perseguição”. “Grupos armados entram em bairros onde vivem os cristãos e matam indiscriminadamente toda a gente que se atravessa no seu caminho”, declarou Mons. Philip Najim, representante da Igreja Caldeia na Santa Sé.

O Paquistão é outro dos pontos críticos e mais mediáticos: em 19 de Julho de 2010, Rashid Emmanuel e Sajid Masih Emmanuel, dois irmãos cristãos que estavam a ser julgados depois de serem acusados de blasfêmia, foram mortos a tiro à saída do tribunal.

Outras situações registradas arrastam-se no tempo: no Egito, durante os últimos trinta anos, foram assassinados cerca de 1800 cristãos e foram perpetrados cerca de 200 atos de vandalismo contra propriedades destas pessoas, sem que ninguém fosse levado perante um tribunal.

O estudo assinala que a perseguição religiosa aumenta em todo o mundo e fala em graves limitações à liberdade de culto e de consciência, para além de limitações legais à liberdade religiosa e episódios de repressão legal.

Quanto a Portugal, assinala-se que as relações com a Igreja Católica são reguladas pela Concordata de 2004. Com as restantes confissões religiosas, a Lei da Liberdade Religiosa, de 2001, prevê a possibilidade de o Estado celebrar acordos diferenciados. Até Julho de 2010, tinha sido atribuído o estatuto de “confissão religiosa radicada” a 48 igrejas ou grupos religiosos diferentes.

O Relatório foi compilado com o apoio de um grupo de investigadores, acadêmicos e jornalistas que agregaram e tornaram disponível informação derivada principalmente de fontes internacionais, de relatórios de vários grupos religiosos diferentes e de depoimentos de testemunhas nos locais.

As estatísticas indicadas são obtidas a partir de uma variedade de fontes que foram escolhidas com base na sua credibilidade e integridade.